História

por Interlegis — última modificação 09/09/2024 08h11

Arinos é um município da região noroeste do estado de Minas Gerais. O lendário Anhanguera em 1717/18, ou Felisberto Caldeira Brant, em 1743/44, foram, provavelmente os desbravadores destas regiões, à busca de ouro e pedras preciosas. Presume-se que índios nômades, negros escravos e foragidos da justiça, teriam em princípio, habitado estas vastas paragens.

Com relação a Arinos, sabe-se que seus primeiros moradores foram o major Saint’Clair Fernandes Valadares, Cel. Martinho Joaquim Estrela, e outros, todos fazendeiros, comerciantes, agricultores e com outras atividades, tidos, também, como iniciadores da povoação que chamaram arraial de Morrinhos.

Desenvolvia-se naturalmente o povoado, voltada sua população às atividades de mineração e agro-pastoris, até que o então distrito sentiu-se desprotegido pelas autoridades, carente de justiça e infestado de assassinos e desordeiros, entretanto em decadência. Seus moradores se viram forçados a abandonar Morrinhos, deslocando-se para a margem esquerda do rio Urucuia. Ergueram nova capela no ponto mais elevado da Fazenda Tamboril. Surgia um novo povoado nos idos de 1800, cujo crescimento foi acentuado.

O novo arraial denominado Barra da Vaca, primeiro nome do atual município de Arinos (isso porque, no Rio Urucuia tinha uma ‘barra’ onde havia grande chance das vacas atolarem), teve sua origem em uma fazenda da região. Possuía o antigo arraial, no início do século, uma escola, uma capela, uma pequena casa comercial e um estaleiro, destinado a fabricação de embarcações a vela que representavam o elo do intercâmbio comercial entre Barra da Vaca e os municípios de São Romão, São Francisco, Pirapora e Januária.

A sede do antigo distrito de Morrinhos foi transferida para o Arraial de Barra da Vaca em 7 de setembro de 1923, quando recebeu a atual denominação, em homenagem ao escritor e político Afonso Arinos de Melo Franco. Em dezembro de 1962, Arinos foi elevado à categoria de município. A Reserva Biológica Sagarana, regulamentada pelo Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF), constitui o principal patrimônio natural do município.